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Foto do escritorRedação | Vision Surf |

O Circuito Mundial retorna como acabou o ano passado, com os brasileiros dominando a cena.

Por: Marcos Aurélio Chagas.

Depois de quatro longos meses de intervalo e muitas mudanças, o circuito mundial finalmente voltou, os surfistas entraram na água no quarto dia de janela em Pipeline, as condições não estavam tão clássicas como o ano passado, o que tira um pouco das possibilidades de Kelly, contudo, boas ondas apareceram no começo do dia, para aliviar nossa abstinência do bom surfe.

No quesito mudança, a mais visível, foi a implementação de um relógio desenvolvido pelo mago Mano Ziul, em live no Surf em Debate, em 2021, Mano já falava dele. Com esse relógio no braço, o surfista acompanha sua situação na bateria, notas, prioridade, posição, pontuação necessária para virar e etc. eles recebem o equipamento no beach marshall, junto com a lycra. Ponto para a WSL, viva o revolucionário Mano Ziul.

A primeira bateria a entrar na água, trouxe o brasileiro Miguel Pupo, vencedor da última etapa de 2022, em Teahupoo. Nat Young e Ian Gentil, adversários do brasileiro, assistiram Miguel começar 2023 como terminou em 2022, vencendo de maneira incontestável.

João Chumbinho - Foto: Brent Bielmann

Na bateria seguinte, João Chianca, que caiu de pé, surfando melhor que muitos que passaram pelo famigerado corte no ano passado, abriu o ano fazendo a melhor nota do dia, 8.50, na sequencia, Chumbinho fez o necessário para avançar na primeira colocação, olhando para Jake Marshall e Kanoa Igarashi pelo retrovisor.

O ano nem bem começou, e o Brasil que terminou vencendo tudo em 2022, já mostrou suas credenciais logo no início de 2023, vencendo as duas primeiras baterias do ano. Apenas a título de informação, não tinha brasileiro na terceira, melhor para Ethan Ewing, que foi superior a Kolohe Andino e Liam O´Brien, no ano passado, e também na terceira bateria em Pipe.


Jadson e Robinson - Foto: Brent Bielmann

Jadson se machucou no joelho, mas ainda assim optou em competir, em sua primeira onda, ele tomou um olé desconsertadamente malandro de Jack Robinson, o brasileiro virou a boia do australiano, que passou por trás dele remando, assumindo o pico para dropar para o Back Door, sem que Jadson se quer percebesse sua presença, resultando em interferência para o brasileiro. Apesar da malandragem do Robinson, Ezekiel “marrento” Lau, alguém que só é competitivo no Havaí, virou pra cima do australiano na onda final, Lau e Jack foram embora do opening round, Jad, machucado e inseguro, ficou preso em um somatório de 0.23, ele teria que virar a chave para passar na peneira da repescagem.

Ítalo Ferreira entrou na bateria seguinte com a pilha de sempre, remando muito, se jogando no que dava, Ítalo é uma carreta desgovernada, as vezes ele atropela sem nenhum tipo de dó quem estiver em sua frente, outras vezes ele bate e para, com essa estratégia, sobrou para ele a segunda posição do confronto, atrás do local Seth Moniz. Imaikalani não representou o menor risco, ele surfou a caminho da repescagem sem margem para subjetividades.


Caio Ibelli - Foto: Tony Heff

Filipe passou em primeiro no momento que a condição do mar começou a ficar inconstante, Michael Rodrigues surfou bem, mas, na ausência de tubos no final da bateria, viu Barron Mamiya virar com um aéreo e uma batida com muita força na junção, Griffin, já estava garantido com a primeira posição. Kelly e Caio duelaram fazendo magica, com o vento apertando, eles literalmente fabricaram tubos, como disse no início da matéria, neste momento da vida, quanto menor o mar, ou mais torto, pior pra Kelly, Caio acabou fabricando tubos melhores, avançou em primeiro, observando o GOAT tendo que se contentar com a segunda posição e dar milhões de justificativas, por não ser ele o primeiro colocado. O terceiro surfista desse confronto praticamente não estava presente na bateria, mas pôde ser notado no contexto, o sujeito oculto em questão foi Carlos Munoz, o costarriquenho só conseguiu marcar 0.5 pontos, o que torna sua performance no round de abertura menos pior apenas que a de Jadson André.


John John - Foto: Brent Bielmann

Nas baterias seguintes nada de muito significativo aconteceu, até Gabriel, John John e Fioravanti entrarem no mar para finalizar o opening round. John John fez 6.33 em sua melhor nota, apostando corrida com o lip do Back Door de frente para ele, Gabriel fez 7.67 em sua melhor onda, colocando em pratica a arte de se posicionar de maneira única, de costas para o Back Door, Fioravanti, apenas assistiu a batalha quase espiritual entre os dois melhores surfistas da atual geração, já que, a rivalidade entre eles é sempre velada, Gabriel e John John confirmaram o favoritismo, avançando nessa ordem.


Yago Dora - Foto: Tony Heff

O pesadelo para doze surfistas começou, o medo de ser um dos quatro eliminados entre os trinta e seis surfistas tem nome, elimination round. Os havaianos Joshua Moniz e Imaikalani DeVault foram os primeiros a deixar a competição, impressionante a desconexão deles com o mar, na sequencia Matthew McGillivray e Jadson André também deram adeus a Pipe, Jadson surfou machucado pela segunda vez no dia, uma escolha bastante questionável. Três brasileiros surfaram no elimination round, Michael Rodrigues, Yago Dora e Jadson André, a única baixa do Brasil foi Jad. O destaque desse round foi Yago Dora, com 13.43 pontos, Yago fez em sua bateria, uma combinação de tubos com progressividade que lhe rendeu a maior soma do dia.

A próxima chamada será hoje às 14:30h, a previsão não é muito melhor que ontem, a esperança é ver os melhores surfistas do mundo transformando uma onda de potencial três, em uma nota sete. Se programe, o tour está de volta!





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Carlão Moraes
Carlão Moraes
Feb 02, 2023

SURF SURF SURF 🇧🇷🇧🇷🇧🇷

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