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Foto do escritorRedação | Vision Surf |

John John vence em Haleiwa, Samuel Pupo e João Chianca completam o time brasileiro no tour 2022


Na matéria passada sobre Haleiwa dizíamos aqui que João Chianca já estaria classificado e que a WSL apenas não havia oficializado ainda, dizíamos também que Samuel Pupo muito provavelmente se classificaria ainda que perdesse nas quartas de final. Pois bem, Chianca foi confirmado mesmo tendo perdido e Pupo foi muito além, fez final em Haleiwa.

Samuel Pupo - Foto: Brent Bielmann

Ao chegar no Havaí João Chianca era o melhor brasileiro no ranking, ocupava a 6ª posição, depois de passar dois rounds em Haleiwa, Chianca terminou o Challenger Series na 12ª posição, qualificado para o seleto grupo dos 32 melhores surfistas do mundo, um nome completamente novo que vai acessar à elite do surfe mundial pela primeira vez.

Samuel Pupo, outro nome que estreia na elite chegou na 12ª posição no Havaí, ao fazer final ele garantiu com folga sua qualificação, além de ser o melhor classificado brasileiro terminando o ranking na 9ª posição, a presença de Samuel Pupo vai restabelecer uma situação que de tempos em tempos vemos no circuito mundial, dois irmãos no topo do esporte.

Já vimos muitos irmãos disputando a elite do surfe mundial, Andy e Bruce Irons, C.J. e Damien Hobgood, e os brasileiros Teco e Neco Padaratz, dezoito anos após dois irmãos brasileiros disputarem a última temporada juntos no tour, Samuel se junta a seu irmão Miguel Pupo para reeditar essa história, o Brasil mais uma vez terá a chance de vibrar com suas vitorias e se dividirá quando eles caírem um contra o outro. Esse mero detalhe apenas confirma o domínio brasileiro no topo do surfe mundial, com a chegada de Samuel e Chianca o time brasileiro terá 09 representantes na elite, são eles: Gabriel Medina, Filipe Toledo, Ítalo Ferreira, Yago Dora, Deivid Silva, Jadson André e Miguel Pupo, além dos dois novos classificados.

Em 2022 veremos a maior renovação dos últimos anos, Liam O`brien, Jake Marshall, Callum Robson, Samuel Pupo, Imaikalani DeVault, Lucca Mesinas, João Chianca, Jackson Baker e Carlos Muñoz são nomes que nunca fizeram parte da elite, a disputa para Rookie será acirrada, embora alguns deles possam nem chegar ao final da temporada, já que depois de Margaret River haverá um corte de 12 nomes, certamente alguns deles terão a infelicidade de passar menos de uma temporada inteira no tour.

Com 09 novos nomes chegando e 02 deles tendo o espanhol como língua mãe, o peruano Lucca Mesinas e o costa-ricense Carlos Muñoz, o tour fica ainda mais latino, com uma configuração mais plural do que vimos nos últimos anos.

John John Florence - Campeão em Haleiwa 2021 - Tony Heef Foto:

Voltando a Haleiwa, John John mostrou que está surfando no mais alto nível, foi de longe o melhor sufista da competição, ainda que vez ou outra nós tenhamos a sensação daquele um pontinho a mais em suas ondas, na reta final, em algumas ondas ele merecia uma pontuação acima da régua de 1 a 10, o havaiano foi letal, atacou lips e junções grandes, pesadas, sempre com precisão no ponto de encaixe da manobra, manobrando forte, fazendo links limpos e precisos, aproveitando todos os espaços que poderia. As linhas d´agua de Haleiwa pareciam telas em branco para John John executar sua pintura, e ele fez. O havaiano marcou as maiores medias da competição, além de atacar junções e lips das maiores ondas de suas baterias, ele também achou tubos, voou e ganhou a confiança necessária para começar o tour 2022 como protagonista, confiante em sua recuperação, com isso, a briga pelo título mundial de 2022 ficará ainda mais acirrada, com John John no páreo os brasileiros terão que suar ainda mais a lycra se quiserem trazer o 6º título mundial para o solo tupiniquim.


John John - Jack Robinson - Kanoa Igarashi e Samuel Pupo - Finalistas em Haleiwa - Foto: Brent Bielmann

Definidos os 12 nomes dos homens que ascenderão à elite na temporada 2022, podemos dizer 2021 foi um dos anos mais importantes para o surfe brasileiro, Ítalo Ferreira se tornou o 1º campeão olímpico de surfe, Gabriel Medina se solidificou como o maior goofy da história ao colocar seu nome na galeria dos tricampeões mundiais, e John John assistiu a tudo isso de camarote, esperamos que em 2022 o havaiano volte nas condições que vimos em Haleiwa e ponha ainda mais fogo nessa disputa, mas que ao final o título seja mais uma vez nosso.

Até Pipeline.

Aloha!



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