O Oi Onda do Bem terminou e é necessário que nos questionemos, quais os objetivos da WSL em realizar um evento com esse formato?
Desde que a WSL anunciou os eventos na Austrália, Brasil e Europa, ficou claro que o evento do Brasil não seria exatamente uma competição, o formato estava mais para uma gincana, ao assistir pairou uma interrogação, pois, continuei sem saber qualificar exatamente o que estávamos vendo, más mesmo sem saber o que foi exatamente o “Oi Onda do Bem”, o evento teve pontos positivos.
1. A WSL disponibilizou um QR CODE afim de arrecadar doações para o Projeto Ondas, do bicampeão brasileiro Jojó de Olivença, uma iniciativa fantástica, vale à pena conferir: www.projetoondas.org.br
2. Legalzinho essa coisa de surfe noturno com LEDs nas pranchas, bonito de ver, até lúdico.
Mas mesmo com toda aqueles LEDs desenhando bem a direção das pranchas, rabiscando em cores os movimentos no out side, não podemos ignorar algumas considerações.
1. A doação para o Projeto Ondas poderia ocorrer em qualquer formato.
2. Poderíamos ter menos “celebridades” e mais legends, o ponto positivo nesse quesito é que mesmo estando no time das celebridades, foi bom ver o legend Paulo Zulu em ação novamente depois de tantos anos.
O fato é, a WSL perdeu a oportunidade de fazer um evento treino para os caras do CT, perdeu a oportunidade de fazer um evento motivacional se tivesse a gurizada da base tendo a oportunidade de cair no mar com os Tops, além de também perder a oportunidade de fazer um evento que celebrasse o surfe, com a presença de legends como Tinguinha, Jojó, Pedro Muller, Ricardo Toledo, Dadá Figueiredo, Wagner Pupo, David Husadel, Rodolfo Lima, Renato Phebo, Ricardo Tatuí, Os Tombo e muitos outros caras que brilharam nos áureos tempos do circuito brasileiro, como seria bom ver esses caras na água dividindo o line up com Ítalo, Mineiro, Yago, Miguel e etc.
A impressão que fica é que parece ter sido uma ação de marketing, parece que o evento foi feito para mostrar a quem não é do surfe, algo que o surfe não é, a WSL está exagerando um pouco em suas tentativas “quase” frustrantes de popularizar o esporte.
No tocante ao surfe, o que chegou mais próximo de parecer uma competição foi a bateria final dos profissionais, mesmo no escuro teve um bom nível, Ítalo venceu, mas o show foi de Yago.
Segue o resultado:
1º Ítalo Ferreira | 2º Yago Dora | 3º Miguel Pupo | 4º Jadson André.
Campeã do feminino: Silvana Lima.
Para nós, amantes do surfe competitivo, só nos resta aguardar a chamada do próximo evento na Austrália, ou talvez aguardarmos realmente o Pipe Masters em dezembro, até lá, novos eventos como o “Oi Onda do Bem” podem acontecer, como ação publicitaria talvez esse evento tenha sido um sucesso, como competição de surfe, não muito.
Redação | Vision Surf
Marcos Aurélio Chagas
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