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Foto do escritorRedação | Vision Surf |

No primeiro dia de competições Gabriel e Yago comandam o lineup em Rottnest Island.

O primeiro dia em Rottnest Island começou com os homens na água em um mar entre quatro a seis pés, com boas esquerdas, algumas delas mais rápidas que alguns surfistas, e isso ficou claro logo na primeira bateria, onde Griffin, Owen e Mikey, surfaram várias ondas abaixo de dois pontos por 23 minutos. Além de algumas ondas que corriam bastante, o vento terral também tirava a prancha dos pés nos aéreos e em algumas batidas ele imprensava os surfistas no lip, demorou, mas os surfistas conseguiram achar a linha que encaixasse na aerodinâmica de suas pranchas que lhes dessem mais velocidade e também que driblassem o terral, quando isso aconteceu já no final da bateria, os irmãos Wright avançaram de fase enquanto o semifinalista de Margaret River, Griffin Colapinto, terá que suar seu wetsuit nas gélidas águas da repescagem.

A inteligência competitiva de Kanoa Igarashi que buscou sempre as ondas mais longas, por tanto as esquerdas, unida a sua habitual eficiência dentro d´água, curvando nos bottons sempre com mão na borda, para não perder a prancha em um mar com leves bumps, atropelou os locais Jack Robinson e Jacob Willcox. Kanoa é sem dúvida nenhuma o surfista que mais evoluiu dentro do tour, desde sua chegada.

Filipe Toledo entrou solto, veloz, progressivo e matador, deixou o Ethan e o wildcard Liam brigando pela segunda posição, sem assistir a bateria você já consegue identificar isso, uma vez que a soma de Filipe, foi quase o dobro dos 6.00 pontos altos do Ethan, que acabou com a segunda colocação. Já Ítalo, que vinha na bateria seguinte, começou o confronto correndo atrás dos aéreos, primeiro para a direita depois para a esquerda. O vento terral sabia mais sobre tirar a prancha dos pés dos surfistas, que os surfistas sobre completar os aéreos, sem conseguir aplicar a manobra que tem sido seu grande trunfo em suas vitórias, restou a Ítalo ter que manobrar para as esquerdas, e, quando isso acontece, fica visível que, manobrando de front o champ não está nem de longe no nível que ele manobra para as direitas, quando surfa de back, a prova disso foi que em suas duas melhores ondas ele conseguiu somar apenas 5.83 pontos, Adriano de Souza que surfava essa bateria pegou apenas uma onda, avançando em primeiro com um score de 6.50 pontos. Taj Burrow, o terceiro competidor do heat, ficou 28 minutos sentado sob a prancha esperando a boa, e ela não veio, o resultado disso? Taj vai visitar a repescagem e se quiser avançar, vai ter que mudar a estratégia.


Foto: WSL

Na bateria seguinte Gabriel Medina entrou meio lento, tipo o Gabriel que perdeu para o Seth em Margs, mas ao dropar sua sexta onda, uma esquerda emparedada, ele acelerou e acertou um alleyoop, essa manobra parece ter lhe devolvido a confiança, já que ninguém havia conseguido voar e manter a prancha sob os pés, ao voltar para o outside com a terceira prioridade, antes mesmo de sentar na prancha Gabriel entrou novamente em uma esquerda que havia passado imaculada por Freestone e Walsh, ele aplicou duas rasgadonas e uma batida anotando um 7.67, saindo da terceira colocação direto para a liderança da bateria, de onde jamais saiu. Freestone que surfou apenas quatro ondas e não acertou absolutamente nada, pegou a saideira que lhe rendeu 3.00 pontos saindo do mar faltando um minuto para o final, irritado ele viu da areia Gabriel Medina fazer a maior nota da bateria em um combo de aéreos, o brasileiro fez 9.33 pontos, decretando aquilo que vinha a ser a maior soma do dia, Gabriel se recuperou de Margaret e Freestone não tem do que se recuperar, já que na perna australiana ele perdeu sempre no round dos 32, a maré para o Bicampeão Mundial Junior está tão ruim que o jovem wildcard Kael Walsh, avançou na bateria somando 9.00 pontos, uma soma menor que a maior nota de Gabriel, Walsh precisaria de uma combinação de ondas se quisesse alcançar Gabriel Medina, ainda assim, seu somatório foi quase o dobro da soma do apático Bicampeão Mundial Junior, Jack Freestone.

Miguel Pupo fez uma bateria disputadíssima, onde todos os competidores fizeram ondas na casa dos 7.00 pontos, faltando um minuto para o termino do confronto Pupo entrou em uma esquerda aplicou quatro manobras e parou na bancada, de lá ele viu Seth Moniz e Jeremy Flores surfarem suas últimas ondas e a sirene tocar, neste momento ele estava na última colocação da bateria, com a troca de notas ele avançou para a primeira colocação, Seth em segundo e Jeremy foi para a fatídica repescagem que desclassifica 04 entre os 36 surfistas.

No primeiro dia de Rottnest, além do melhor somatório que ficou por conta de Gabriel Medina, o Brasil também fez a segunda melhor soma, com o surfe sempre moderno de Yago Dora, em uma bateria em que Michel Bourez fez a melhor nota do dia, um 9.63. Tatiana Weston-Webb, campeã em Margaret, vai visitar a repescagem, assim como Ítalo ela parecia meio perdida surfando de front.

Hoje teremos chamada as 20:15hs, o swell está baixando, se a competição acontecer teremos três brasileiros disputando a repescagem, Caio Ibelli, Jadson André e Peterson Crisanto, fique atento, não perca os melhores surfistas do mundo em ação.

Aloha.



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