Ontem, terça 17/08 aconteceu simultaneamente no Youtube da Vision Surf e do Surf em Debate uma live com Teco, Jojó, Paulo Moura e Brigitte Mayer, essas quatro lendas do surfe brasileiro falaram por mais de duas horas sobre a união e transformação das antigas chapas Nação Surfe Brasil e Projeto Surfa Brasil em um único time, agora denominado de Nação Surfa Brasil.
A união nasceu do desejo de mudança e percepção de que juntos, as duas equipes poderiam fazer muito mais pelo surfe brasileiro, nesse momento de desconstrução que o esporte passa no Brasil.
O atual presidente, o senhor Adalvo Argolo, presidente de mandato vencido, uma pessoa que ninguém vê, ninguém ouve falar, ninguém sabe onde está, que aparece apenas nas duras derrotas judiciais que vem sofrendo e nas inúmeras manobras jurídicas que realiza na tentativa de protelar o cumprimento dessas decisões, depois de receber um ultimato, onde o juiz determinou que a CBSurf publicasse em até 48horas um edital de eleição para formação da comissão de atletas, mais uma vez finge obedecer a decisão, publicando um edital cheio de falhas propositais, com o claro intuito de ganhar mais tempo.
Além disso, a comissão de atletas fake, que deu a Adalvo Argolo seis votos na eleição fake, entrou com um agravo em instancia superior, na qualidade de “terceiros prejudicados”. Essea peça judicial foi assinada por cinco dos seis supostos “atletas” que votaram em Argolo, solicitando ao Desembargador que os mantivessem em seus mandatos até o fim destes, que ocorreria em dezembro de 2021, com isso, o que se pretende é reabrir a discursão que o tribunal já encerrou de maneira definitiva lá atrás.
O desembargador Salomão Resedá, atento a todo tipo de atrocidades, negou o pedido aos tais “terceiros prejudicados”, más não podemos negar, foi uma manobra inteligente, realizada por uma das bancas de advogados esportivos mais caras do país, se não a mais cara, pergunto: Quem paga essa banca?
Se a justiça fosse distraída e tivesse atendido a essa manobra, que aliás, na tentativa de parecer legitima, coloca a própria CBSurf como agravada, a entidade teria que fazer eleições para constituir apenas três novos atletas, já que a comissão teria que ter oito.
Caso houvesse a manutenção desses cinco supostos representantes de atletas, Luiz Philipe Nobre (presidente da ONG Adap Surf, não é adaptado e não foi eleito), Ivan Tadeu (presidente da CBSUP, não foi eleito e não recebeu procuração dos atletas), Eder Geovani (Bodyboard, nunca foi eleito representante), Bruno Galini (Juiz de surfe, nunca foi eleito por atletas) e Wiggoly Dantas (conduzido ao cargo em uma eleição relâmpago), Adalvo Argolo garantiria cinco votos. Enquanto isso, em outras frentes, ele tenta resolver questões legais dentro do COB para conseguir se apoderar dos quatro milhões de motivos que ele tem para continuar insistindo em se manter na direção da entidade que rege o surfe no Brasil.
Ontem, dia 17 de agosto, ao mesmo tempo em que a nova chapa falava de futuro com planos reais para o surfe, Adalvo tentava aplicar mais um golpe, zombando da comunidade do surfe, contando com a possibilidade da chapa Nação Surfa Brasil recorrer na justiça, com isso novos prazos serem abertos e ele continuar protelando a sua derrota liquida e certa. As 23 horas, a CBSurf subiu a lista de candidatos a membros da nova comissão de atletas, foi publicado um documento com 13 nomes, sendo que dois deles, Roberto Pino e Denise Siqueira, candidatos a representantes da categoria Parasurf, tiveram o direito de suas candidaturas indeferidas, sob a alegação de que eles não teriam participado de nenhuma competição nacional nos anos de 2019 e 2020, o que aliás é verdade, más, o que a CBSurf ignora descaradamente é que não houve competições nacionais do Parasurf nesses anos, a entidade ignora ainda o fato de que ela, a CBSurf, é quem teria que realizar essas competições, e não as realizou.
Mais uma vez vimos a gestão Adalvo Argolo avançando sob os direitos legais dos atletas ao seu bel prazer. Quando a CBSurf tolhe o direito de uma categoria ter representatividade porque essa categoria não atende a pré-requisitos aos quais ela, a CBSURF teria POR OBRIGAÇÃO ofertar, ela diz: Eu erro, e você paga meu erro com seu sacrifício.
Que a administração Adalvo Argolo é uma sucessão de abusos em todos âmbitos, todos sabem, mas o que estaria por traz desse indeferimento dos representantes do Parasurf? Incompetência de fato, ou mais uma manobra na equação dos votos?
É bom lembrar que na eleição fake do dia 30 de dezembro, senhor Luiz Philipe Nobre, alguém que não foi eleito, não é atleta, muito menos adaptado, e que jamais competiu nessa categoria pelo fato de não se enquadrar, estando sobre as prerrogativas do mesmo edital, votou como representante do Parasurf, isso exposto se faz necessário perguntar: Porque Luiz Phillipe teve direito a voto e o campeão mundial Roberto Pino, não? A resposta é: Um votou em Adalvo e é seu cumplice, o outro é atleta de fato, jamais votaria no maior inimigo do atleta brasileiro. Acho que depois disso me convenci de que tudo isso não passa de mais uma manobra na equação dos votos.
Enquanto ontem na live Teco, Jojó, Paulo Moura e Brigitte falavam sobre as inúmeras possibilidades de beneficiar a formação de atletas, com centros de treinamentos, cursos preparatórios para a fase pós competição, igualdade em premiações, ajuda financeira e administrativa às Federações, e outros, hoje, a CBSurf anunciou a conquista de novas parcerias, como por exemplo a parceria com a Havaianas, para vestir aquilo que eles chamam de seleções. Sem querer desmerecer a Havaianas, que aliás é uma de nossas maiores e mais importantes marcas, mas o fato da CBSurf celebrar um acordo de fornecimento de uniforme como uma conquista, simboliza perfeitamente a dimensão daquilo que é a administração Adalvo Argolo.
Em conversa com o Sr. Luiz, pai do campeão mundial de surfe adaptado Davizinho, ele informou a Vision que seu filho quando vai competir fora, representando o Brasil nos campeonatos da ISA, a Confederação não arca com nenhum custo, na verdade eles também não fornecem uniforme, em uma dessas competições os pais de Davizinho compraram um moletom em uma loja de departamento, bordaram a bandeira do Brasil e vestiram o garoto. Roberto Pino, outro campeão mundial de surfe adaptado, também fez o mesmo relato, talvez por isso, Adalvo considere essa “parceria” como uma conquista, uma conquista condizente com seu tamanho.
Ainda neste comunicado a CBSurf informou sobre a realização de um pequeno circuito com três etapas no profissional e Junior, além de eventos de Longboard e Sup Wave, esses últimos sem especificar a quantidade, a CBSurf não informa também quando e onde esses eventos acontecerão, e que eles dependem do cenário da pandemia.
Não precisa ser um especialista para perceber que esse comunicado não passa de uma tentativa de querer parecer útil às Federações e Atletas, enquanto o único foco da confederação é salvar a pele de seu presidente, o surfe chegou em um momento que é preciso união, Teco e Jojó já deram o exemplo, é hora dos atletas se envolverem, enquanto Adalvo Argolo anunciar acordos e circuitos medíocres, fazendo você acreditar que ele está trabalhando em prol do surfe, ele está na verdade reduzindo o surfe e os surfistas ao tamanho dele, por isso, seria fundamental que surfistas se rebelassem e só competissem depois de realização das novas eleições, talvez esse seja um desejo utópico, mas as eleições mais cedo ou mais tarde será real, e quando ela chegar, Teco, Jojó, Paulo Moura, Brigitte Mayer, Ricardo Bocão, Picuruta Salazar, Ricardo Tatuí, Piu Pereira, Victor Ribas, Raoni Monteiro, Carlos Burle, Karina Abras, Jacqueline Silva e muitas outras pessoas cheias de serviços prestados ao surfe, assumirão o comando e ninguém mais será obrigado a lembrar do personagem mais nocivo do surfe brasileiro.
Em anexo as últimas peças do processo da eleição da CBSurf e também o comunicado à Federações.
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