Surpreendendo a todos a WSL iniciou a competição nesta sexta, lá na baía de Strickland, quinta à noite para nós aqui no Brasil, com ondas na casa dos três pés. A primeira bateria entrou na água com os eternos futuros campeões mundiais Jordy Smith e Julian Wilson, os jovens veteranos surfaram bem, fizeram apresentações que nos fazia lembrar de suas antigas performances, Julian chegou a acertar um aéreo alto, chutando a rabeta, ele precisava dessa bateria, precisava avançar, já que não teve nenhum bom resultado em toda perna australiana, o aussie apresentou um surfe eficiente, seguro e bonito de ver, Julian calibrou a base, acertou o pé, as manobras, os aéreos e avançou deixando Jordy para trás, ele precisava.
Na bateria seguinte Fioravanti e Cibilic entraram na água e o mar parou por vinte minutos, já frios dentro d’água, a série entrou e os dois remaram em direção a melhor onda, nesse momento ninguém tinha posse da prioridade ainda, a onda tinha esquerda e direita, Fioravanti estava na preferência para a esquerda e Morgan para a direita, eles remaram ombro a ombro até o limite, ao perceber que Morgan não desistiria o italiano carcamano puxou o bico e viu o Morgan cruzar tranquilão em sua frente, abrindo a bateria com uma onda que ao final acabou virando um descarte, mas o garoto mostrou que tem sangue nos olhos para vencer as apostas mais arriscados, com muita atitude e força psicológica, esse menino é destemido e vai dar muito trabalho, dentre os tantos australianos que ultimamente entraram no tour, o menos conhecido e menos festejado, provavelmente será o mais competitivo. Morgan saiu na frente contra Fioravanti, se manteve na frente e acabou a bateria na frente, avançando sem maiores dificuldades.
Na bateria seguinte o Liam O’brien que já havia vencido Filipe Toledo no Round 32, avançou para as quartas de final eliminando da competição o havaiano Seth Moniz, já havíamos falado isso antes, não custa repetir, fiquem atentos a esse nome, Liam O’Brien.
Michel Bourez já estava na areia pronto para entrar na água quando a competição ficou On Hold, ele surfaria contra Miguel que vem embalado por ter feito a maior nota no Round dos 32, contudo, agora eles precisam esperar, não se sabe quando eles poderão entrar na água novamente, as previsões de Rottnest são as mais confusas possíveis, talvez voltem hoje, talvez amanhã, talvez qualquer dia, até lá, tudo está parado à espera de um swell.
Devemos lembrar que a perna australiana normalmente tem três eventos, este ano, em virtude de todas as excepcionalidades que vivemos, a WSL conseguiu realizar mais um evento com segurança em um local inédito, ponto para a entidade, a onda é boa? Parece que sim, más nós ainda não a vimos, o surfe tem dessas coisas, esperamos que até o final da janela possamos ver Strickland funcionando, mas se continuar assim, já é melhor que muitos mares que vimos no tour. Aguardemos, ainda temos cinco bons motivos para acompanhar e torcer.
Aloha!
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