O terceiro dia de competição começou em Rottnest Island com as meninas na água, a francesa Johanne Defay comandou o show em uma combinação de beleza, simpatia e muito surfe, das líderes do ranking, aquele grupo de cinco que disputarão o WSL Finals, apenas Carissa Moore e Tyler Wright estão vivas na competição, já que Tatiana Weston-Webb havia perdido no Elimination Round e Caroline Marks e Stephanie Gilmore perderam suas baterias no Round 16.
Quando os caras entraram na água, Jordy Smith abriu as disputas on fire, o sul-africano estava elétrico surfando uma onda por minuto praticamente, Jordy voltou a ser aquele cara letal que todos nós conhecíamos mas que estava adormecido, ele encaixou rasgadas perfeitas e um aéreo chutando a rabeta para o alto, não dando a menor chance ao australiano Stuart Kennedy.
Julian Wilson que ultimamente assim como Jordy andava bem cansadinho, voltou a apresentar aquele surfe de encher os olhos, aquele surfe que lhe projetou como eterno futuro campeão mundial e lhe deu o vice-campeonato em 2018, pilotando sua JS o australiano não deu chance ao capitão caverna Wade Carmichael, fazendo seu surfe mais consistente do ano, talvez o mais consistente desde 2018. Callinan continua dando show, achou todas as esquerdas da bateria, surfou todas as ondas olhado-as sempre de frente, frente a um Fioravanti que vem surfando bem, mas não vinha passando baterias, parecia que na baia de Strickland esse script iria se repetir, mas depois de 43 minutos atrás no placar, o carcamano Italiano roubou a vitória do Callinan virando a bateria no minuto final, Fioravanti enfim avançou, já que surfar bem e não passar tem sido sua sina.
Deivid Silva foi o primeiro brasileiro a cair na água, atacando os lips sem dó, o brasileiro ficou na frente do placar o tempo inteiro, dominando a bateria sem grandes dificuldades, mas, assim como o Callinan, DVD levou a virada na onda final, a ferinha australiana Morgan Cibilic decidiu que nem só de John John vivem suas glorias, ele venceu merecidamente um Deivid que surfava sempre no critico, fez mais uma vítima com seu precioso surfe de borda, observem todo o ano do Morgan e vocês verão que ele se quer tentou um aéreo, ele vem alcançando notas altas sempre na borda, fato que deve ser sempre lembrado, já que recorrer ao malabarismo dos aéreos tem sido uma estratégia constante para quem assim como ele, precisa virar uma bateria nos minutos finais, ponto para Morgan. Ponto também para Deivid Silva que caiu de pé surfando em alto nível, Deivid foi o primeiro brasileiro a cair na água e também o primeiro a sair da competição.
Filipe entrou no mar na sequência, fez duas notas medianas mas o vencedor de Margaret River não conseguiu manter o mesmo ritmo da etapa anterior, perdeu incontestavelmente para um convidado que surfou demais, guardem o nome do moleque, Liam O’brien. Miguel Pupo e Caio Ibelli fizeram o confronto dos brasileiros, o que decretaria a terceira baixa tupiniquim do dia, pior para Caio que viu Miguel desfilar sua polidez nas esquerdas, fazendo aquilo que veio a ser a melhor onda do dia, um notável 8.33.
Gabriel avançou sem muito esforço em um mar meio torto, o líder fez aquilo que ele costuma fazer nesses confrontos, o suficiente. Parece que o surfe de Gabriel se adapta as necessidades que seus adversários impõem em cada bateria, neste caso, a necessidade dele foi marcar duas notas na casa de 5.00 pontos, o suficiente para ir assegurando a lycra amarela em seu corpo.
A competição continuou com uma bateria atrás da outra sendo decididas com uma avalanche de ondas entre cinco e seis pontos altos, Owen, Conner, Mikey, Ítalo e Adriano vinham nessa tocada, até que Yago surfando uma direita e na bateria seguinte o Connor surfando uma esquerda, conseguiram alcançar notas na casa dos sete pontos, Connor fez a segunda melhor onda do dia 7.50 e Yago a terceira 7.27.
O terceiro dia em Rottnest Island foi um longo dia de baterias no sistema overlapping heat, o mar começou com até 6pés alinhados nas series e acabou com 4pés bem bagunçado, a previsão em Rottnest não é muito animadora, é possível que hoje seja ON, más não se anime muito, a previsão não é de fácil leitura. Cinco brasileiros continuam vivos na competição, Miguel Pupo, Gabriel Medina, Ítalo Ferreira, Adriano de Souza e Yago Dora, essa será uma daquelas competições bem complicadas, com confrontos em dias picados, começando com um mar razoável terminando com um mar ruim, onde tudo pode acontecer, más não se engane, ainda temos cinco fortes motivos para assistirmos, próxima chamada será hoje as 20:15.
Segue abaixo os confrontos.
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